"A luz mágica da abóbora
O agricultor cultivava muitas coisas diferentes na sua horta: cultivava milho alto e verde, tomates grandes e vermelhos e também ervilhas pequenas e verdes, mas o que o agricultor mais gostava era de semear eram abóboras.
No mês de Junho lançava as semenstes à terra, como fazia todos os anos no Verão. As sementes desapareciam para dentro da terra, e lá cresciam, no escuro, durante todo o mês de Julho.
De cada semente, brotavam minúsculos rebentos, que, aos poucos, furavam a terra até à superfície. Dentro em breve, longas trepadeiras verdes estendiam-se por todo o solo. As suas folhas abriam-se para apanhar todo o sol de Agosto.
Dessas trepadeiras, pequenos botõenzinhos despertavam, transformando-se em pequeninas abóboras. As abóboras começaram a crescer: que diferentes que eram umas das outras! Algumas eram altas e esbeltas, outras baixinhas e redondas, e algumas ainda tinham altos e baixos. Mas eram todas abóboras.
Finalmente chegou Outubro, e, a cada dia, a noite chegava mais cedo que no dia anterior. O agricultor sabia que era tempo da colheita. Os seus trabalhadores trouxeram-lhe as abóboras maduras. Qual delas iria escolher?
O agricultor escolheu uma abóbora muito grande e tomou muito cuidado, pois as abóboras são duras por fora,mas desfazem-se em bocadinhos se as deixar-mos cair no chão.
Lavou muito bem a abóbora e em seguida limpou-a. Depois vinha o trabalho mais sujo: a abóbora está cheia de sementes e polpa viscosa.
O agricultor tinha um plano especial para esta abóbora, por isso, as sementes e a polpa teriam de sair. Devagarinho enfiou a sua faca na parte de cima da abóbora e cortou um círculo ao seu redor. Suavemente ele puxou pelo tronquinho da abóbora e a rodela saltou como se fosse uma tampa.
O agricultor olhou para dentro: a abóbora estava recheada de polpa viscosa e peganhenta. Com cuidado ele retirou todo aquele recheio.
Depois cortou um triângulo para cada olho, as abóboras têm olhos que não pestanejam nem olham para outro lado, elas veêm tudo. Fez um pequeno quadrado para o nariz, e, por último, fez um enorme sorriso.
O agricultor pôs uma pequena vela dentro e acendeu o pavio da vela. Uau! Como brilhava! A abóbora no seu alpendre brilhou com todo o esplendor, para que todos a pudessem ver.
Quando as pessoas que passavam viam a abóbora a sorrir, sorriam de volta. Todos os vizinhos sabiam que, mais uma vez, o agricultor havia transformado uma simples abóbora numa visão maravilhosa.
Da mesma forma, Deus pai oferece aos seus filhos a oportunidade de ser luz e amor brilhando como estrelas no mundo que escurece."
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