Era uma vez um homem que saiu de casa decidido a encontrar a verdade. A todos fazia a mesma pergunta:
- Sabes onde posso encontrar a verdade?
Encontrou um agente de publicidade, que lhe respondeu:
- A verdade? Isso para que é que serve? É coisa que não me interessa!
Encontrou uma dona de casa, que lhe respondeu:
- Que pergunta tão estranha! Talvez a minha comadre saiba. Ela sabe tudo!
Dirigiu-se a um polícia, que lhe disse:
- A verdade!... Tenho ouvido falar muito dela nos tribunais, mas duvido que ela se encontre lá.
Entrou, finalmente num supermercado onde há de tudo. Perguntou a um dos empregados:
- O senhor sabe dizer-me em que loja posso encontrar a verdade?
O empregado, que até tinha estudado filosofia, apontou-lhe uma livraria.
O desconhecido viu livros, muitos livros que falavam de verdades. Havia ali verdades para todos os gostos e feitios; a verdade do marxismo, da economia, da política, da publicidade, dos filósofos, a verdade do operário, da criança, dos cientistas.
O desconhecido folheou livros. No final disse:
- Não encontrei o que desejava. É que eu não ando à procura das verdades deste ou daquele. Eu procuro a Verdade.
Adaptado de A. Pinto
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