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Sunday, February 25, 2007

STOP


No início de qualquer caminhada é preciso estudar o caminho, ver onde ficar, prever os perigos: - É preciso parar: fazer STOP!

Ao iniciares esta Quaresma, faz STOP:

- para veres como em ti se cumpre o reinado de Deus;
- para te arrependeres das maldades e violências com que te deixas seduzir;
- para acreditares (com a inteligência, com o coração e com todas as tuas forças) no Evangelho, isto é, na Boa Notícia de que Deus nos ama infinitamente e quer fazer de nós filhos queridos, amados, escolhidos...

És capaz de parar? De fazeres uma pausa, para preparares o caminho? Vai um STOP?

in "Sinais de uma Caminhada" de João Ribeiro e Anabela Dias

Quaresma: Tempo do Perdão

Junto à estação de uma grande cidade, todos os dias se reuniam muitas pessoas marginais, isto é, mais ou menos rejeitadas pela sociedade: drogados, ladrões, miseráveis. Eles reuniam-se ali para se animarem uns aos outros.
Chamava a atenção de quem passava por ali um jovem, todo sujo e de cabeleira comprida, que se movimentava no meio dos outros com ar de quem tem ainda alguma esperança.
Quando as coisas pareciam correr muito mal, esse jovem tirava do bolso um bilhetinho todo amachucado e lia-o. Depois dobrava-o e voltava a metê-lo no bolso. Ás vezes, até o beijava. E assim, nesse mar de lamentos, sentia-se confortado.
O que estaria escrito nesse misterioso bilhetinho? Apenas seis pequenas palavras: "A porta pequena está sempre aberta":
Apenas isto. Era um bilhete que o pai lhe tinha enviado. Significava que seria perdoado a partir do momento em que voltasse para casa. E uma noite fê-lo. Encontrou a porta do jardim aberta. Subiu as escadas e deitou-se na cama.
Na manhã seguinte, quando acordou, junto ao leito estava o seu pai. Abraçaram-se em silêncio.


Comentário:
Este conto faz-nos recordar a conhecida parábola do filho pródigo. Este vive longe da casa do pai,o qual está ansioso por lhe dar o abraço da reconciliação e fazer uma grande festa. A Quaresma é o tempo em que nós assumimos a nossa condição de pecadores e pedimos perdão a Deus. Temos a garantia de que Ele tem a porta aberta e a mesa posta, esperando pelos que andam longe.

in "Bons Dias" de Pedrosa Ferreira

Wednesday, February 21, 2007

Se fossemos… a Quaresma seria…

Se fossemos automóveis, a Quaresma seria o tempo de mudar o óleo e afinar o motor;

Se fossemos jardins, a Quaresma seria o tempo de fertilizar a terra e arrancar as ervas;

Se fossemos tapetes, a Quaresma seria o tempo de dar-lhes uma aspiradela;

Se fossemos baterias, a Quaresma seria o tempo de recarregá-las.

Mas não somos nenhuma dessas quatro coisas.

Somos pessoas que, quiçá, muitas vezes fazemos coisas erradas e precisamos de nos arrependermo-nos delas. Daí a necessidade de nos confessarmos.

Somos pessoas que muitas vezes nos deixamos levar pelo nosso egoísmo e que precisamos de começar a pensar nos outros. Daí a necessidade da esmola.

Somos pessoas que muitas vezes, perdemos de vista o fim para o qual fomos criados por Deus. Precisamos, pois, de recuperar a visão. Daí a necessidade da oração.

Essa é a razão pela qual celebramos a Quaresma.

In Missa Dominical
Nota: Este é o texto que utilizo para abordar o tema da Quaresma no 2º ciclo.

Monday, February 19, 2007

A Raposa e o Principezinho


Foi então que apareceu a raposa.
- Bom dia - disse a raposa
- Bom dia - respondeu delicadamente o principezinho, que se voltou mas não viu nada.
- Estou aqui- disse a voz- , debaixo da macieira.
- Quem és?- disse o principezinho. - És bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Anda brincar comigo- pediu-lhe o principezinho.- Estou tão triste...
- Não posso brincar contigo disse a raposa.- Não estou cativada.
- Ah! Desculpa,- disse o principezinho.
Mas, depois de reflectir, acrescentou:
- O que significa "cativar"?
- Não és daqui- disse a raposa-, o que procuras?
- Procuro os homens,- disse o principezinho.- O que significa "cativar"?
- Os homens- disse a raposa- têm espingardas e caçam. É muito aborrecido! Também criam galinhas. É a única coisa interessante que têm. Estás à procura de galinhas?
- Não- disse o principezinho-, procuro amigos. O que significa "cativar"?
- É uma coisas demasiado esquecida- disse a raposa.- Significa "criar laços...".
- Criar laços?
- Isso mesmo- disse a raposa.- Para mim tu não passas ainda de um rapazinho semelhante a cem mil outros rapazinhos. E não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Para ti eu não passo de uma raposa semelhante a cem mil outras raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Para mim tu serásúnico no Mundo. Para ti eu serei única no Mundo...
- Começo a compreender,- disse o principezinho.- Há uma flor... penso que ela me cativou...

in "O Principezinho", de Antoine de Saint Exupéry

Friday, February 09, 2007

Ser professora de EMRC

Ser professora de EMRC pode ser muito solitário. Sou a única professora da disciplina na escola, e apesar de adorar o que faço, muitas vezes sinto a necessidade de partilhar temas, métodos, trabalhos e actividades... Resolvi, então, transformar este blog num espaço de partilha e reflexão sobre a disciplina de EMRC. Mais concretamente sobre o desafio que é ser professora de EMRC!